REPRESENTATIVIDADE NA MODA: DIVERSIDADE NAS PASSARELAS

Moda significa padrão a ser seguido. Por anos foi ditado como em uma cartilha escolar  que para ser modelo a mulher deveria ser jovem, branca e magra, bem magra, mais precisamente 70 cm de busto, 60 cm de cintura e 90 cm de quadril. Culotes? Nem pensar!!! E o Brasil?! Pasmem, que ainda assim sempre fomos expoentes nisso. Entretanto, um padrão tão cruel levou milhares de mulheres à doenças como a anorexia e bulimia.

Com a morte de algumas modelos, grandes marcas aumentaram o padrão e ampliaram o leque, entretanto, algo ainda estava faltando. Apesar das agências de modelos punirem as modelos doentes, continuaram se contradizendo ao contratarem apenas estereótipos do quase inatingível manequim 36.

Com o início do século XXI muitas mentes foram iluminadas e a ode ao amor, à compaixão e ao bom senso de que todos merecem respeito pelo que são veio à tona. O retrato da realidade de mulheres que vestem manequim 40 começou a ser usado em desfiles de moda praia, lembrando que atrizes como Juliana Paes causou um rebu na época. Mal sabiam eles que a avalanche estava prestes a desabar…

A comunidade negra foi a primeira a se manifestar ainda no final do último século, impondo à elite da moda pelo menos uma dupla de modelos negros por trabalho realizado, na sequência foram as gordas com uma crescente empoderada de marcas de moda íntima e moda praia que gritam a cada coleção:

“Somos lindas por natureza e essa indústria raquítica não vai nos oprimir!!!”

A nova tendência plus size vem trazendo união à tanta gente que modelos de tamanhos grandes e etnias diversas desfilaram de lingerie em pleno dezembro na Times Square (NY/EUA) em protesto contra a super conceituada Victoria’s Secret que há anos se finge de morta quando questionada sobre a possibilidade de Angels de tamanhos reais ou grandes.

Mas nem todas as grifes são inflexíveis. No último São Paulo Fashion Week tivemos um lindo exemplo de diversidade nas passarelas. Um deles foi a marca de moda praia Água de Coco, que homenageando hotéis de luxo em sua coleção de verão 2019, colocou na passarela senhoras, mulheres gordas e com prótese em uma das pernas.

 

Assim, voltando ao seu normal, a  moda como real retrato da atualidade fez expoente de diversidade de etnias e corpos nas semanas de moda de Nova Iorque e Milão.

E que fique enterrado com os séculos XIX e XX mulheres doentes de magras, maioria branca e todo e qualquer tipo de preconceito, afinal moda é atitude de bons modos e discriminar não é nada elegante. Representatividade importa, assim como atender as necessidades do público e não de padrões que acabam se tornando tóxicos por ainda serem propagados.

Você já se identificou com as modelos das passarelas ou acha o padrão irreal e cruel com as mulheres? Conte aqui nos comentários a sua experiência e vamos nos conhecer melhor!

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