Mês da consciência negra: conheça mulheres negras empreendedoras para se inspirar!

A Com Sensual preparou esta matéria em homenagem ao Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino e ao Mês e Dia da Consciência Negra.

Estamos em pleno século XXI e já não é tão difícil ver mulheres negras nas bancadas de um telejornal, ganhando prêmios e ainda como expoentes do meio financeiro e empresarial. De um tempo pra cá ver negras nas lideranças tanto de empresas como na vida pessoal, deixou de ser um tabu (finalmente!).

A diversidade do tom da pele negra e sua riquíssima diversidade não é mais esnobada pela maioria das empresas de Recursos Humanos e contratantes em geral. Quem não tem uma negra na equipe, não sabe o que está perdendo. Sabe por quê? Porque as negras têm seu valor, são competentes, fortes e dedicadas, assim como qualquer outro ser humano (independente da cor, sexo ou opções).

Como o universo é regado de possibilidades, a melhor saída e mais digna é fazer a própria estrela brilhar!

Mês da consciência negra: conheça negras empreendedoras para se inspirar

Assim, diversas mulheres que você verá nesta matéria decidiram abandonar o básico do: “Me dá um emprego aí?” e decidiram ser a luz do seu próprio túnel. Hoje em dia essas mulheres empreendedoras que batalham de sol à sol servem de farol para outras que vislumbram melhores dias. São empresárias do ramo da beleza, de estilo, das letras e até mesmo inventoras de aplicativo. Essas mulheres são referências para o mundo e você precisa conhecê-las!

Jóia de crioula à moda carioca no século XXI

A ostentação  do século XVIII no Brasil ficava a cargo de mulatas alforriadas ou prestes a isso. As extravagantes jóias de crioula, como são chamadas até hoje, fazem parte da história do nosso país, onde essas mulheres, em particular na região da Bahia, encomendavam aos ourives pulseiras, brincos e balangandãs extravagantes em ouro e prata com adornos que em sua maioria faziam alusão à Mãe África.

Mês da consciência negra: conheça negras empreendedoras para se inspirar

Tayná Trindade, mãe, estudante e empresária, viu nesta antiguidade uma fonte de renda criando a Uzuri. A grife de acessórios femininos faz alusão às joias de crioula e segundo Tayná trabalhar com as mãos a livrou de uma depressão e ainda abrilhanta sua carreira como estudante de história da arte. “Senti a necessidade de uma busca mais aprofundada sobre a questão da joalheria, principalmente a de origem afro-brasileira – em especial a joalheria de crioula” (disse em entrevista à revista Marie Claire em março deste ano).

A Uzuri faz uma referência ao “não convencional” com toques de ancestralidade, sempre com coleções entre o exagero e o glamour para empoderar e elevar a autoestima de belezas nas mulheres negras, maravilhosas, exemplos para a sociedade.

A visão empreendedora de Zica, criadora da rede Beleza Natural

O afro negócio (afroempreendedorismo) tem dado o que falar, pois a população negra representa 8,6% da população brasileira (fonte IBGE 2015), um total de 17,4 milhões de pessoas e o acesso à educação, cultura e informação de qualidade são escassos. Por isso cada vez mais mulheres como Heloísa Assis, a  Zica, vêm inspirando outras pessoas.

Heloísa não teve a formação acadêmica de algumas faladas aqui nesta matéria, mas a ex-empregada doméstica é tida na internet como a profissional que deu fim ao paradigma: cabelo afro solto = desleixo. Vou explicar o porque: no final do século XX entre os salões de beleza  só se viam duas opções, alisar ou trançar e para conseguir um emprego e ser bem vista, a mulher negra deveria alisar o cabelo!!!!

Desmotivada, Zica aos 21 anos, decidiu ser cabeleireira para conhecer o próprio fio. A ideia na época era abrir um estabelecimento especializado em cabelos crespos e cacheados.

Com o passar dos anos, o pequeno salão de beleza tornou-se o Instituto Beleza Natural que através de várias pesquisas disseminou pelo país que existem vários tipos de cachos e diversas maneiras de tratá-los e embelezá-los, passando longe da chapinha e do secador.

Casa Poema, espaço de Elisa Lucinda

Falando em cabelo, uma mulher de fibra que em raras vezes se dobrou à tal escova é Elisa Lucinda. A poetisa, atriz, escritora e empresária capixaba criou a Casa Poema, instituição socioeducativa que capacita profissionais desenvolvendo sua expressão e sua formação cidadã através da poesia falada.

A poetisa, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, desenvolveu o projeto Palavra de Polícia, Outras Armas, onde ensina poesia falada aos policiais, procurando alinhá-los aos princípios dos direitos humanos e transformar antigos modos operacionais em relação ao gênero e à raça. Incrível, não?

Ela cria aplicativos: Priscila Gama

Outro expoente é a arquiteta mineira Priscila Gama criadora do aplicativo Malalai, cujo nome significa “afetada pela dor” fazendo jus ao aplicativo que pode ser baixado no celular. Seu tema é contra violência e o assédio e você pode adquirir um botão  do pânico, que vem disfarçado em formato de anel.

O aplicativo permite através de localizador que a usuária informe onde está, bem como rotas que outras não deveriam passar como becos e ruas escuras ou uma rota melhor sugerindo caminhos mais iluminados, movimentados e com policiamento.

Mês da consciência negra: conheça negras empreendedoras para se inspirar

Essas e muitas outras mulheres negras são lindos exemplos que empoderam, não acha? Aprume-se, determine-se, seja expoente de você mesma e mostre a sua autoestima ao mundo como a belíssima mulher que você é.

Alinhe e coloque em prática seus projetos pois o mundo precisa de nós e nossas práticas positivas construtivas são o pontapé inicial.

E você, conhece alguma negra empreendedora maravilhosa? Conte-nos quem é. Será um prazer conhecê-la!

 

deixe o seu comentário